Desde 2020, a agenda da Biodiversidade e Capital Natural tem ganhado espaço no setor financeiro, desde a criação da Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD).
A preservação e restauração de ecossistemas, além de constituir tarefa essencial à continuidade da existência de recursos naturais que são essenciais para a grande maioria das atividades econômicas, também é crucial para lidar com a crise climática, tanto em termos de mitigação quanto de adaptação.
No Brasil, por exemplo, a principal causa de emissão de gases de efeito estufa é o desmatamento, que, além de liberar carbono retido no solo, destrói fontes naturais de captura de carbono, e prejudica fortemente a regulação natural do regime de chuvas, que é realizada pelas florestas.
No caso dos ecossistemas marinhos, também ocorre a captura de carbono por fontes naturais, sendo que alguns deles (como mangues) capturam inclusive muito mais do que as florestas, além de proporcionar enorme resiliência a desastres naturais, já que reduzem em média pela metade o impactos de eventos climáticos extremos na costa.
Por isso é necessário que o setor financeiro entenda cada vez mais a importância de conhecer a localização das atividades financiadas, as peculiaridades de cada bioma e microbacia hidrográfica, para assim avaliar os riscos climáticos físicos e os riscos de biodiversidade a que as atividades econômicas financiadas estão expostas.
Palestrantes:
Abertura: Christine Majowski – Diretora do Projeto FiBraS/GIZ
Moderação: Luciane Moessa – Soluções Inclusivas Sustentáveis (SIS)
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